13 julho 2011

...em branco

Uma página em branco é uma coisa assustadora. Parece ridiculo, mas a infinidade de uma folha de papel em branco arrepia-me até aos ossos, aterroriza-me.
Desde pequena que me recordo de, com urgência, desatar aos rabiscos em qualque área em branco que se me fosse apresentada.
É dificil lidar com o terror de não saber o que fazer com o vazio, como preenchê-lo, dar-lhe um sentido. E a pressão é muito mais que muita.
Primeiro o coração começa a bater rápido, desompassadamente. A respiração torna-se ofegante, os olhos não param de percorrer o espaço e as mãos tremem levemente. O cérebro corre, bamboleia, cavalga...
E depois?
Depois nada, que uma folha em branco é uma figura austera, autoritária, merece respeito e nunca me julgo conseguir corresponder ás suas expectativas.
Eventualmente o sono chega e enche-se de pesadelos em que estou sozinha, sem saber o que fazer com uma folha de papel em branco.

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